Show de Bola – A seleção que brilhou na Copa não joga bola, mas também é verde e amarela

Match copaShow de bola nesta Copa quem deu foi a polícia civil do Rio. Se não cura, pelo menos minimiza a dor do vexame histórico que essa seleçãozinha comandada por Scolari nos impôs. A investigação que levou à prisão de um esquema internacional de cambistas, com fortes evidências de ligação direta com a cartolagem da Fifa, nos lavou a alma.

Quem diria! A dona Fifa, essa senhora que fez exigências estapafúrdias que levaram o Brasil a ter despesas bilionárias com estádios e ela, o maior lucro de toda a história dos mundiais se viu no centro de um escândalo que a imprensa mundial há muito denunciava, mas que até hoje polícia nenhuma havia conseguido levantar – nem a Interpol.

 

Por isso, nossos meninos merecem o título pelo trabalho de investigação realizado. Prender o inglês Reymond Whelan no Copacabana Palace foi um golaço. O cara é simplesmente diretor da poderosa Match, agência que tem entre seus sócios Phillip Blatter, sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter, única autorizada pela entidade a fazer venda casada de ingressos/hospedagem. Talvez nem dê em nada: Reymond colocou seus zagueiros em campo e ganhou um habeas corpus bem antes do apito final.

Em todo o mundo, pelo jeito, é assim: além de nepotismo (caramba, nem a Suíça escapa!), o dinheiro é capaz de dar na justiça joelhadas mais fortes do que a que Zuñiga deu no pobre Neymar. Nocaute.

Esse feito policial histórico não cura a nossa dor, é verdade, mas pelo menos nos ajuda a recuperar um pouco da autoestima massacrada pelos alemães neste imemorável 7×1. Pois se os corruptos do mundo todo achavam que aqui era terra de ninguém, que podiam pintar o sete, ganhar milhões vendendo ingressos a U$ 10 mil e ficar por isso mesmo, a nossa polícia mostrou que não é bem assim. Valeu, rapaziada! Nesta Copa, a maior vitória foi a de vocês!